quarta-feira, agosto 31, 2005

Começou o Circo

Toquem as trompetas, enfeitem as praças e decorem as avenidas: Começou o circo das presidenciais!
Depois do não do poeta Alegre, do sim do camarada Jerónimo, do talvez do geriátrico Soares e do tabu do Professor Cavaco, e enquanto aguardamos pelas já habituais candidaturas de Manuel João/Lello Marmelo e de Aristides Teixeira (do Movimento dos Utentes da Ponte 25 de Abril), eis que surge na bruma José Manuel Amaral, um inventor das Caldas da Rainha, que garante que vai levar a candidatura até ao fim.
Assim é que é, queremos cidadãos activos, revoltados com o sistema, que trabalhem pelo país... O pior é quando são eleitos, que se esquecem das promessas... Estou mesmo a ver o Sr. Zé Manel das Caldas da Rainha, acabadinho de ser eleito, a entrar em Belém e dizer como todo o habitante das Caldas quando acaba o dia: Meus amigos, não faço nem mais um cara***...

domingo, agosto 28, 2005

O Auto Destrutivos

Hoje li que os Japoneses, no seu débito diário de novas tecnologias, inventaram um DVD que se auto destroi em 48 horas após o início da visualização.
Grande coisa, sempre tivémos promessas eleitorais que se auto destroem em menos tempo e nunca fizeram disso manchete...

terça-feira, agosto 23, 2005

A época dos fogos

Os portugueses gostam de épocas. Não de determinadas épocas da História, mas sim do termo época (já para não falar do termo prontos e do uso abusivo da palavra tipo curiosamente inserida de 2 em 2 ou de 3 em 3 palavras).
As casas do soalheiro Algarve e da não menos soalheira Costa da Caparica, alugam-se à época. Os saldos têm a sua época, nos restaurantes serve-se a fruta da época. O Verão é por assim dizer a época festiva por essas vilas e aldeias, e é também a época do melão. Vamos para a praia, porque começou a época balnear, e o país arde porque é a época dos incêndios.
Porquê, perguntam vocês, esta introdução? Passo a explicar: O país está a arder, e o governo pediu ajuda à Europa. Os alemães enviaram 3 helicópteros de combate ao fogo. Mas os alemães, que não são burros, mandaram também um esquadrão de jornalistas para cobrir essa novela venezuelana-dobrada-em-brasileiro que são os nossos incêndios, e as sábias e acertadas palavras do dito jornalista na SIC, foram mais ou menos assim: Não se percebe como, um país que constrói 10 estádios para organizar um Europeu de Futebol, não consegue parar o anual flagelo dos incêndios, e o que é pior, fala neles com a maior descontracção, chegando ao cúmulo de se referir a eles como uma época, como se o país a arder fosse normal, como uma época de saldos.
Numa época de grande cobertura mediática, já ficámos literalmente queimados...

sexta-feira, agosto 19, 2005

Leonel Messi

Leonel Messi. O nome pode não vos dizer nada, aliás nem a mim dizia até hoje. O Sr. Leonel é um jovem craque do Barcelona, e como qualquer jogador tem um sonho: o sonho de jogar pela sua selecção, de defender as cores do seu país. Chegou a tornar isso público, ao dizer em conferência de imprensa que se queria estrear, queria jogar, nem que fosse apenas por um minuto.
Ora quis a Divina Providência (e o seleccionador) que o rapaz concretizasse o seu sonho. Foi convocado, sentou-se no banco de suplentes, e, a meio do jogo o médio entrou em campo! Estava a fazer história, o rapaz entrou para substituir Lizandro Lopéz (jogador do FCP). Imaginem a felicidade, o entusiasmo de alguém que, pela primeira vez entra em campo com as cores da selecção. O desejo de jogar nem que fosse por um minuto ia concretizar-se, o jogo ainda ia a meio, e todo o estádio aplaudia a sua entrada, tinha todo o jogo pela frente...
Leonel Messi enche o peito de ar e faz a sua primeira jogada ao serviço da selecção Espanhola: corre para a bola, faz uma carga sobre o adversário húngaro, e, 30 segundos depois, um mísero meio minuto depois, a visão vermelha de um cartão tirado do bolso do árbitro acaba-lhe com o jogo e com o sonho de, pelo menos, jogar um minuto na estreia pela selecção Espanhola...
O jovem Leonel Messi era expulso 30 segundos depois de ter entrado em campo...

quarta-feira, agosto 17, 2005

Para Quando? - Parte I

Sharon desocupa a faixa de Gaza. Para quando a Cova da Moura, que é pior que Israel? Sampaio condecora os U2. Para quando Manuel João, que anda há 20 anos a pedalar na bosta? Packs em DVD do Verão Azul. Para quando do Duarte & Companhia?

domingo, agosto 14, 2005

A Visão Futurista

Hoje resolvi ser futurista. Todos temos qualquer coisa de Nostradamus, de prognósticos só no fim. Parafraseando Martin Luther King, eu tive um sonho, não um sonho em que todos os homens serão livres e iguais, mas um sonho em que Sá Fernandes ganhava a Câmara de Lisboa. Sim, esse independente apoiado pelo Bloco de Esquerda, (nunca percebi como se é independente tendo o apoio de uma força política, mas ele é advogado, deve saber...) chegava a edil da muy nobre e altiva cidade de Lisboa. Senhoras e senhores, eis o Dr. Embargo!
Imaginem o que seria o medo de todos os habitantes da velha Olissipo, ditatorialmente administrada: Todos os que, pelo menos uma vez na vida (e são muitos), tinham quebrado as regras... Um poliban aqui, uma cozinha nova ali, ou, para os mais aventurados, uma esplendorosa marquise em alumínio anodizado nas encostas do Castelo. TUDO ABAIXO! Tudo embargado! O Sr. Lopes do 4ºC gastou o reembolso do IRS no AKI para revestir o hall com uns azulejos andaluzes? VAI ABAIXO! Assim como as faianças de casa de banho da D. Gertrudes, que além disso vai ter que tapar aquela janela que abriu para arejar e pousar a gaiola do periquito....
Que caótica estava Lisboa, com uma obra embargada do Marquês às Amoreiras, exércitos de Bobcats e Caterpillars encostados a apodrecer qual ferro velho industrial. Edíficios meio feitos (ou meio desfeitos), tuneis de metro cheios de água, fazendo da área metropolitana a Capital Europeia do embargo, isto sem contar com os milhões de Euros gastos a iniciar as obras e depois a pagar indemnizações aos empreiteiros, essa raça odiada e perseguida até à completa aniquilação, ecoando pelo anoitecer uma gargalhada diabólica que percorria as 7 colinas...
As mesmas colinas formadas pela cobra gigante morta por Ulisses...
Já agora não vos fica mal saber isto, que Lisboa foi, segundo a lenda, fundada por Ulisses, e é com a chegada dos Romanos que a baptizam de Olisipo (Felicitas Ivlia Olisipo).
Acordei! Dei com a cabeça na mesa de cabeceira e acordei... Bolas, que pesadelo este. Parecia o ditador Charlot no grande ecrã... Para aqueles que como eu gostam de Lisboa, e ainda têm a hipótese de lá votar, um conselho: Já que ninguém lhe embargou o parto, vamos pelo menos nós embargar a eleição. Boa?

sábado, agosto 13, 2005

Os Candidatos

Hoje li que Fátima Felgueiras se vai candidatar à câmara... Eu sei que já escrevi sobre isto, mas continuo a achar um espectáculo o que se passa este ano nas eleições autárquicas. Temos candidatos que fogem à justiça, outros de candeias às avessas com os partidos, com contas helveticamente abertas mas suficientemente fechadas para não se saber a proveniência de tais ganhos, outros ainda, além de acumularem cargos de topo em várias empresas e organismos, ainda têm tempo para se dedicar à arte da ourivesaria a dourar apitos...
Pergunto eu, tendo este fantásticos exemplos do Major, do Avelino, da Fatinha e do Isaltino (olha, rima e tudo!), que são, por assim dizer, o topo hierárquico de uma organização exposta aos media e às canalhices daqueles que comeram e deixaram, como serão as Juntas? O Ti Manel dos Bois, presidente da Junta de A-das-Cebolas que deslocou o marco da territa 2 metros para lá das couves? Ou a Alice Trinqueira, que em Freixo de Espada nos Cornos do Pai, meteu uma cunha para o filho do tipo da filarmónica entrar no clube lá da terra?
Enfim, venham de lá esses divertimentos autárquico-outonais, que o circo, o profissional, esse só chega pelo Natal...
Post Scriptum: Vai uma aposta que todos estes "injustiçados" vão ganhar as respectivas câmaras? Quem estará errado? São eles ou os votantes? Pois........

sexta-feira, agosto 05, 2005

O Clone

Hoje li que nasceu o primeiro clone de um cão. A moda pegou, já foi a Dolly, um coelho, agora um cão. Avizinha-se para breve o teste (oficial) em humanos. Imagino a difícil tarefa da escolha... Quem vamos clonar? Alguém de quem gostamos? De quem sentimos a falta? De alguém que já morreu ou de alguém que ainda anda por aqui?
Ora, depois dessa estrondosa hipótese que é ter um Mário Soares novamente em Belém, num fantástico golpe geriátrico patrocinado pela Lindor, porque não aproveitar este regresso ao passado e clonar Afonso Henriques que correu com os Mouros que, como sabemos, muitos vinham do Norte de África. E, já que estamos com a ideia em África, porque não também António de Oliveira Salazar? Quantos não quereriam ouvir novamente essa famosa frase Angola é, e será sempre, uma província de Portugal...
Enfim, pequenos devaneios. Por mim clonava o Zézé Camarinha... O que será do Algarve quando já não houver Zézé?
Hey! Camone to me... You wanta da crime? Your veri uaite......



Open Arms
By Journey
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