sexta-feira, julho 28, 2006

O touro enraivecido

Na década de 60 do século passado, um bem sucedido fabricante italiano de tratores, de Sant'Agata Bolognese comprou aquele que era, na altura, o carro da moda e de eleição dos empresários italianos: um Ferrari. Acontece que o senhor, Ferruccio de seu nome, quando guiava o dito não gostava da forma de funcionamento da embraiagem, queixava-se que era dura e não dava prazer na condução. Ora quis o destino que encontrasse um dia numa festa o fabricante do carro que lhe causava tamanho mal estar. Aproximou-se do senhor, Dino de seu nome, e queixou-se então do seu bólide. Dino Ferrari escutou-o com atenção, e quando as queixas terminaram, conhecedor que era do que Ferruccio fabricava, disse-lhe simplesmente que um fabricante de tractores nunca poderia apreciar a beleza e a rapidez de um Ferrari, e que, se algum dia quissesse um carro assim, que o fizesse ele.
E assim foi. Desde 1964 que a fábrica de automóveis fundada por Ferruccio Lamborghini não faz outra coisa... E bem.

quarta-feira, julho 26, 2006

Oh l'amour....

Miguel Esteves Cardoso escreveu um dia um livro intitulado O Amor é Fodido. Por outro lado, a vox populi reclama que o amor é lindo e que faz o mundo girar.
Hoje li uma notícia que prova as duas teorias: é lindo, mas também é lixado. Em terras do tio Sam, numa cidadezinha chamada Rome, no estado da Geórgia, o Adam, de 19 anos, resolveu pedir a mão (e o resto) da Erica de 18 em casamento. Ora vai daí, e para a coisa ser em grande, como convém nestas idades em que tudo é lindo e tudo é belo, o moço alugou um aviãozito para irem dar um passeio pelas nuvens e dar então o passo de oferecer o anel de casamento.
Ai que lindo pensarão algumas mentes mais melechas e românticas. Pois era lindo, mas a coisa precipitou-se para um desfecho... fodido. E digo precipitou-se literalmente falando: aquando do regresso, e na aproximação à pista, o avião despenhou-se e o anel perdeu-se nos destroços. Ficou a felicidade de os dois terem sobrevivido e o pedido de casamento se ter concretizado na ambulância a caminho do hospital...
A propósito, não sei se foi do efeito do soro ou não, mas a moça aceitou.

sexta-feira, julho 21, 2006

A Poia

Imaginem-se a entrar numa outra dimensão. Uma dimensão não só de som e visão, mas também de mente. Imaginem-se a entrar na 5ª dimensão... Tu-ru-ru-ru tu-ru-ru-ru tu-ru-ru-ru-ruuuuuuu.
Agora visualisem uma grande área de terreno dividida em parcelas quadrangulares. Dentro de cada parcela cava-se um buraco onde se enterra um papel com um nome. O nome de alguém. Depois de isto tudo feito, uma vaca, e atenção que tem mesmo de ser uma vaca, entra para dentro desse terreno onde deambula alegremente comendo aqui e descansando ali. Vai deambulando até que de repente defeca uma fabulosa bosta (de vaca) dentro de uma dessas parcelas. E está assim atingido o climax da coisa. O feliz contemplado com a bosta leva para casa 1000 euros...
Confusos? Não estejam. Este jogo não tem nada de imaginário. É real, chama-se "A Vaca da Sorte", e joga-se todos os anos em Figueiredo do Alva, lá para os lados de S. Pedro do Sul. Os lucros revertem a favor da contrução da sede da Associação de Amigos de Figueiredo de Alva.
Quem disse que bosta de vaca não era solidária? Essa é que é essa...



Open Arms
By Journey
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