quinta-feira, setembro 07, 2006

No raiar das novas tecnologias

Ora aqui fica um escrito antigo nascido de um desafio: No raiar das novas tecnologias, e com o nascimento da Internet, já li muita coisa sobre amizades pela world wide web, o corriqueiro sexo cibernético e mais não sei quê, e casamentos destruídos e outros arranjados online em inócuas (ou não) salas de chat. Agora pergunto eu: E se tivessem uma amizade assim? Uma amiga, um amigo, conhecido numa dessas salas de chat, que se transformasse em algo mais que amigo? Que se transformasse numa parte de vocês, alguém que, por um acaso da vida passasse a ser o vosso confidente, alguém com quem partilhassem alegrias e tristezas, alguém que fosse aquilo a que chamariam a alma gémea, aquela pessoa que vos complementa, que vos completa. Alguém com quem vivem uma vida dupla, quase proibida. “Ah e tal, isso é giro mas é com sexo”, dizem vocês. É. Se calhar até era. E se aguentassem uma amizade dessas, uma paixão, uma obsessão, uma atracção como lhe queiram chamar, durante vários anos? Tal qual como uma vida normal, tal qual um amante ou qualquer outra coisa. E se sentissem uma atracção tal, uma coisa tão intensa, quase a roçar a paixão? E porque não paixão mesmo? Ou amor. Que diferença haveria? Se houvesse zangas pelo meio, e que as há, se voltasse tudo ao mesmo, porquê seria? Porque sim? Ou seria por gostar? Por gostar de estar com essa pessoa, por gostar de continuar a partilhar a vida com essa pessoa… Quantas pessoas procuram uma pessoa assim, uma alma gémea e não encontram? Enfim, são as voltas que a vida dá e que só tipo lá de cima sabe como acabam… Será na cama? Pode ser que seja, um dia.

9 Comments:

At setembro 07, 2006 2:31 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Tenho todo o prazer em iniciar os comentários a este post...
Foi um desafio, sim senhor, um escrito antigo de 19 de Setembro de 2005. Prestes a fazer 1 ano...
Um desafio, com a incógnita se seria publicado ou não. E que foi hoje mesmo, passado quase 1 ano.
Agora fica outro desafio: Porquê agora???
De mim, um beijo, quiçá, da tua alma gémea... ou não...

 
At setembro 07, 2006 5:06 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Pois,posso te dizer que não é muito diferente do que conheceres alguém num bar, num grupo de amigos, a grande diferença é que começas a conhecer o interior da pessoa primeiro,isto se o que for transmitido é sincero, mas como tudo na vida,é mais fácil dar a entender o que não somos do que aceitar a realidade no reflexo do espelho lá de casa.. mas há boas amizades que se criam e quem sabe algo mais.. isso agora apenas depende do que se anda à procura e da disposição da parte em questão para esse factor.É preciso perceber as diferenças,estar atento a falsas realidades.

Até já..

 
At setembro 07, 2006 6:11 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Não tem necessariamente de acabar na cama... Pode ser num banco traseiro de um carro.... no chão... contra uma parede... etc...

 
At setembro 08, 2006 12:21 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

 
At setembro 08, 2006 5:43 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Apesar de ter experiência da coisa, não sei como expressar a minha opinião.
Penso que uma relação unicamente virtual, não resiste. Qualquer pessoa necessita de afectos, não falo em sexo, porque a masturbação resolve esse problema, falo num abraço, num sorriso, num passeio de mão dada... essas pequenas coisas.
Concordo com a mensageira, quando diz que não difere muito de um conhecimento num bar ou café; acho que acaba por ser uma coisa mais rápida, porque virtualmente,conheces primeiro o seu interior.
Não sei se respondi ao desafio...
BJ
FM

 
At setembro 09, 2006 1:19 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Olá...

Eu também passei por algo assim (coisas de menina) lol, agora c'est fini mas não deixo de sentir que foi essa pessoa que me acompanhou este ano todo e para quem vivi intensamente e de quem gosto e sempre gostarei intensamente porque acabou por ser o meu melhor amigo.
Também concordo com o que disse a mensageira porque por aqui começa-se por conhecer o interior da pessoa e não a sua aparência, tantas vezes enganadora. É óbvio que aqui tem que se ter cuidados redobrados mas se forem sinceros criam-se amizades, paixões ou amores muito intensos e verdadeiros.

(Espero que não te importes mas vou transcrever o teu texto para o meu bloguito com os devidos créditos).

Gostei muito de o ler e acho que hoje aplica-se bem lá.

Beijinhos grandes ***

 
At setembro 10, 2006 6:13 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Começando pelo fim...Será na cama???
A cama será apenas uma eventual consequencia.
Isto da net pode ser uma verdadeira confusão. A grande questão é «quantos de nós estamos preparados para conhecer as pessoas de dentro para fora???».
É algo só possivel aqui... Eu diria que muitos poucos estão e ainda mais dificil é gerir a «coisa» em si.
Essa é a grande diferença da virtualidade e realidade (de certa forma vou de encontro ao que a mensageira já tinha escrito).
E o grande risco que se corre caro Fernando é que, caso estejamos de alguma forma «fragilizados» é muito, mas muito mais facil envolvermos-nos intensamente na «virtualidade» e perdermo-nos...para o bem ou para o mal.
De qualquer das formas se tivermos o «dominio» poderia dizer que na virtualidade há pessoas fantásticas e esse conhecimento de dentro para fora pode ser muito enriquecedor...

Hmmmm talvez me tenha embrulhado...a culpa é tua!!! Obrigaste-me a comentar sériamente um «post» teu!!! Não estou habituadaaa páaaa... :D

beijos Nandito

 
At setembro 11, 2006 3:44 da manhã, Blogger Anabela said...

Ora aqui está uma questão engraçada...

... mas à qual tenho dificuldade em responder. Por isso aqui vai:

Como é que, virtualmente, se converte um conhecido num amigo...?
Como pode alguém, ainda que virtualmente, partilhar as minhas alegrias ou tristezas sem que seja a minha torradeira...?
Como pode um ecran complementar-me...?

É possível que alguns escritos na blogosfera nos atraiam. Também é possível que tomemos por intencional o que é puramente natural no outro...

... quantas vezes andamos à procura do que já temos?

... mas na verdade, quer queiramos quer não, estamos a falar de vazios, de vidas cinzentas, que necessitam de alguma cor, de paixão, de trocas.

Sentir uma coisa intensa a roçar a paixão, soa-me a tesão. A desejo puramente carnal.

Se é para ser proibido por ser uma vida dupla, será sempre uma vida incompleta e sobressaltada...

... mas, vale a pena correr o risco? Vá que o tipo é adepto da unhaca no dedo mindinho...? Vá que a tipa não é adepta da depilação...? Não isso não se topa pela forma de escrever, quero eu acreditar.

Mas sim, existe sempre a curiosidade imensa de se conhecer mais e dar-se a conhecer na blogosfera. O Homem tem a capacidade de fantasiar...

... mas acabar na cama? Como o anónimo disse, tem é que ser noutro local... já que começou de forma pouco ou nada convencional.

 
At setembro 13, 2006 5:00 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Quem diria que este post iria ser tão enriquecedor...
Tajaber, tajaber???

 

Enviar um comentário

<< Home



Open Arms
By Journey
BestAudioCodes.com