sexta-feira, março 31, 2006

As meninas da claque

Vem lá o Mundial, e com ele a festa do futebol. As tertúlias mais ou menos animadas reunidas à volta de um televisor, esquecem-se raças e credos, porque festa é festa... Esquece-se tudo, menos a sexualidade. Que o digam o milhão e meio de paneleiros (não se pode dizer paneleiros? Ok, larilas. Também não se pode? Então? Como? Ok.. seja... não heterossexuais)... Que o digam o milhão e meio de não heterossexuais, que protestaram hoje no site PortugalGay contra o hino do anúncio da Galp, obrigando até a petrolifera nacional a literalmente baixar a calcinha e alterar a letra, tudo porque o milhão e meio de meninas de claque não heterossexuais ficou ofendido com a parte da letra que diz «Vamos com tudo, meter o pé, chutar primeiro/Que o último a chegar é paneleiro». Não estou contra a orientação sexual desta gente. Estou é contra este sentimento de perseguição, este complexo de Calimero, em que os outros são maus e andam atrás de mim só porque eu levo no cú. Ó meus amigos, levem no cú à vontade, apenas não se metam em coisas mesquinhas destas. Eu também não vou reclamar se o Elton Jonh canta um dueto com um paneleiro (desculpem, não heterossexual) em que diz que chovem homens. Quero lá saber, desde que não me caia nenhum na cabeça...
Para aqueles que ainda não leram, aqui deixo a letra do hino da Galp. E sim, quem chegar em último é paneleiro. Aliás, se fosse não heterossexual nem rimava...
Cinco, quatro, três, dois, … / Pois, não passámos do dois. / Mas deixemos os relatos infelizes para depois. / Estivemos quase, / mas quase não sei se chega. / Mandámos vir champagne e deu-se a tragédia grega. / Como é que se diz? Foi por um triz / que nós não pusemos os pontos nos is. / Nabice? Preguiça? Alguém faltou à missa? / Qualquer coisa lhes deu, não sei bem o que foi. / Sei é que fizemos um grande campeonato mas na final não jogámos um boi. / Um boi?! / Foi ou não foi? / Corremos, marcámos, merecemos, / saltámos, sofremos e fizemos sofrer. / Fizemos o possível enquanto houve combustível / e metemos o que havia para meter. / Como é que uma equipa com talento, magia / e um futuro de que tanto se disse, / está disposta a deitar fora a energia / e se conforma em estar na história como “vice”? / Nada disso! / O tuga, que até hoje só provou que consegue ser segundo, / Vai, por isso, deixar de ser chouriço / e assumir o compromisso de ser campeão do mundo. / Corre mais, joga mais, / Menos ais, menos ais, menos ais, / Quero ainda mais / Há quem diga que Portugal não está em forma, / modesto por norma, faz-lhe falta um safanão / que nos faça de uma vez acreditar / que entre os que podem ganhar / está a nossa selecção. / A fasquia está alta? Não faz mal, Portugal salta / com milhões a empurrar. / Até pode parecer louco, mas para nós segundo é pouco / E um louco não se deve contrariar. / Será demais pedir o mundo? / O que pedimos, no fundo, são ainda menos ais. / Porque todos se lembram do campeão / Mas não dos que são derrotados nas finais. / Ficar nos dois primeiros não tem mal nenhum, / É preciso é que fiquemos no número um. / Vamos apagar da história essa final de má memória / e vão ver que ninguém topa. / Porque eu posso estar errado, mas que eu saiba, em qualquer lado, o melhor do mundo é o melhor da Europa. / Corre mais, joga mais, / Menos ais, menos ais, menos ais, / Quero ainda mais / Repete-se o refrão, a história é que não. / Marca mais, chuta mais Menos ais, menos ais, menos ais, / Quero ainda mais. / É o retrato de um país aplicado ao futebol. / Tem tudo o que é preciso, só perde por ser mole. / Toca a acordar, pessoal! / Queremos mais garra, / deixar de ficar felizes quando a bola vai à barra. / Vamos com tudo, meter o pé, chutar primeiro, / Que o último a chegar é paneleiro. / Ter medo deles? Isso era dantes! / Vamos embora encher de orgulho os emigrantes. / Sem esquecer que nas grandes emoções / quando grita um português, gritam logo 15 milhões./ Heróis de Berlim, nobre povo… / Não tinha graça cantar um hino novo? / Escrito pelo pé de artistas / que vão alargar as vistas à nação verde e vermelha. / Ficar em segundo? Nem morto! / Ganhar ou perder é desporto? ‘Tá bem abelha! / Venha a Alemanha, o Brasil ou a Argentina / com cabelos de menina e cara de lobo mau, / se calham a apanhar-nos pela frente e viram as costas à gente… TAU! / Corre mais, joga mais, / Menos ais, menos ais, menos ais, / Quero ainda mais / Repete-se o refrão, a história é que não. / Marca mais, chuta mais / Menos ais, menos ais, menos ais, / Quero ainda mais / Seja no chão, pelo ar, de cabeça ou calcanhar, / de tabela, nas laterais ou no miolo… / Vai Ronaldo, finta um , finta dois, pode remataaaar… golo!!! / (É esta a vantagem da ambição, / podes não chegar à lua, mas tiraste os pés do chão.) / Marca mais, chuta mais / Menos ais, menos ais, menos ais, / Quero ainda mais / Corre mais, joga mais,/ Menos ais, menos ais, menos ais, / Quero ainda mais / Marca mais, chuta mais / Menos ais, menos ais, menos ais, / Quero ainda mais / Repete-se o refrão, a história é que não. / Corre mais, joga mais, / Menos ais, menos ais, menos ais, / Quero ainda mais / Marca mais, chuta mais / Menos ais, menos ais, menos ais, / Quero ainda mais/

domingo, março 26, 2006

O estofo de campeão

Ele há coisas do demo. Nem sabia que era hoje a meia maratona. Aliás, habituaram-se a fazê-la tão amiúde, que, não tarda nada, dificil será saber se no fim de semana a ponte estará aberta ao tráfego. Que se lixem as filas até à 2ª ponte do Feijó, interessa é saber se há maratona ou não... Por curiosidade, li que os vencedores foram uns quenianos. Isto faz-me confusão. Sempre que há estas corridas de fundo, são sempre os mesmos quenianos enfezados que ganham. Até podiam ser assim uns europeus todos atléticos que treinam não sei quantas horas nuns ginásios todos xpto com treinadores do mais alto nível, mas não, são sempre uns pretos enfezados habituados a correr à frente dos leões por aquelas planícies africanas (escusado será dizer que o leão é um treinador implacável, quando os apanha termina logo com as suas carreiras), ou quem sabe a acartar grandes carradas de malas que nós turistas europeus levamos para os grandes parques naturais fazer safaris para ver girafas e leões a correr atrás de outros pretos enfezados (sim, porque há lá mais de onde vieram estes).
Será esta a explicação para fazer grandes atletas? Temos o exemplo do Mantorras que treinou aquele jogo de pés a desviar-se das minas em Angola e desenvolveu a musculatura a acartar baldes de massa na indústria da construção. Ou o Obikwelu, que ganhou aquela velocidade a correr à frente dos inspectores do SEF (na Nigéria há leões?) e a musculatura usando o método Mantorras. Será esse o segredos dos campeões? 3ª feira o Benfica vai jogar contra o Barcelona para a Liga dos Campeões. E porque não um treinozito intensivo na estiva? Ou no MARL a descarregar caixas de peixe? Vamos pôr a juventude nas obras da Ota, temos uns Jogos Olímpicos pela frente...

segunda-feira, março 13, 2006

Catarina, a Grande

Ora hoje não li, mas ontem vi. Sim, ontem estava a praticar o meu desporto favorito (para quem não sabe, é o zapping) quendo paro no Biography Channel para ver um programita sobre a Catarina Peta-Zetas (leia-se Zeta-Jones). E blá, blá de filme para aqui, e Oscar para ali, eis senão quando a bela da moça diz que só se deu conta que era uma estrela quando estava a filmar algumas das cenas para o filme "A armadilha", e os miúdos vinham ter com ela de espadas em riste como a viram n' "A máscara de Zorro" e a gritar o seu nome. Ora para aqueles cinéfilos mais atentos, lembram-se certamente que as cenas do assalto final d' "A armadilha" se passavam nas Torres Petronas. E onde são as Torres Petronas pergunto eu? Exactamente na capital da Malásia, ou seja... Kuala Lumpur.
Disse então a Catarina que se a miudagem a conhece em Kuala Lumpur, realmente era uma estrela, conhecem-na em todo o lado.
Saberia ela que horas seriam lá se aqui fossem 6 da tarde? Isso é que já não sei...

quinta-feira, março 02, 2006

Os goodie bags

O meu filho fez 4 anos. E como tal, foi festejar o seu aniversário na escola. Aliás, o primeiro que passa no infantário. Lá fui comprar um bolo do Noddy, guardanapos do Noddy, chapéus do Noddy e copos do Noddy (ora bolas pró Noddy...). Todo contente, a sala de meninos a cantar os parabéns e a comer bolo. A maneira que tem de agradecer aos colegas, é oferecer uns sacos com guloseimas, os chamados goodie bags (ainda não vos disse, também do Noddy), com um chupa-chupa, meia dúzia de gomas e um marcador colorido que também é carimbo... E pronto, vão felizes e contentes depois da festa com o saco pela mão...
Hoje li que também felizes e contentes saem as estrelas de Hollywood da cerimónia de entrega dos Óscares. Sim, que além de alguns eleitos saírem com a estatueta debaixo do braço, todas as estrelas levam um goodie bag. Não consta que o saquito seja do Noddy, nem que tenha umas gomitas para entreter durante a viagem de volta, mas alguns dos goodies passam por um Motorola Pebble U6 (na edição passada foi um RAZR V3), uma máquina de café da Krupps no valor de 500 USD, uma estadia de 4 noites na suite presidencial do melhor hotel da praia de Malibu (e quiça do mundo), um tratamente de beleza num SPA no valor de 20.000USD e um jantar para duas pessoas num restaurante qualquer finório, em que, só o valor da refeição ascende a 15.000USD.
Esta última oferta intriga-me. Será que 2 pessoas comem 3 mil contos na moeda antiga só ao jantar? Perdoem-me o pensamento a la portuga mas... Não podem trocar em Tickets Restaurante? Dava jeito no Continente.
É só uma ideia...



Open Arms
By Journey
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