domingo, janeiro 22, 2006

A porcaria da portaria

Embora não pareça, tenho uma leitura muito eclética, ainda hoje estive a ler a secção da Dra Ruth numa revista qualquer onde uma adolescente desabafava tristemente que durante o orgasmo não produzia esperma, e que antes do período ficava com fortes dores abdominais, e por isso mesmo, garantiu-lhe uma amiga, nunca iria ter filhos... O que até seria bom, porque nunca se sabe que filhos produziria uma mãe assim... Além disso a produção de esperma está reservada a especialistas. Percebem... Género VQPRD.
Ora tirando este pequeno fait divers, hoje passei os olhos pela Portaria nº 75-A/2006. Embora não saibamos, esta porcaria de portaria fecunda-nos a vida forte e feio: É nada mais nada menos a tal que regula o valor do ISP, ou Imposto Sobre os Produtos Petrolíferos e que aumenta barbaramente o combustível com que atestamos os nossos veículos, incluíndo essas aberrações que não necessitam de carta (apenas de serem conduzidas por um velho de boina), apelidadas carinhosamente de papa reformas, mata velhos e corta relvas entre outros mimos.
Ora reza a tal portaria que o Estado arrecada, entre ISP e IVA, a bela quantia de, aproximadamente, 0.51€ por cada litro de gasóleo e 0.77€ na gasolina de 95 ... Ou seja, mais de metade do valor reverte para esse Big Brother papão.
Percebem agora a razão porque não tenho um Ferrari?

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Quem chora sou eu...

Há um meses li, ou melhor, todos lemos, sobre a celeuma da retirada dos crucifixos das escolas. Que sim senhora (ou não senhora, em alguns casos), que isto era um país laico e não sei quê e tal. Hoje numa conversa de almoço (eu sei que há outro blog sobre conversas de almoço, mas não resisti), veio à baila esse ícone, esse símbolo de uma geração, essa presença em muita casa Portuguesa que é... o quadro do menino que chora!
Porque não o governo também ordenar a retirada do dito? Essa aberração que pulula por todo o país, ainda à venda em feiras espalhadas por este Portugal laico. Claro que, já agora que estamos com a mão no menino, podia-se também despachar essa coisa das mobílias de quarto (e sala) lacadas a branco. Nunca percebi a beleza de tamanha escolha. Será para dar com os armários de casa de banho? Ou da cozinha?
Ainda sobre regras, hoje li que a Vodafone divulgou uma nota interna em que é proibido o uso de calças de ganga, chinelos e vestuário mais sportswear aos seus empregados. Mais uma vez o governo poderia estar na vanguarda e legislar sobre o assunto. Pura e simplesmente proibir o uso de dessas toiletes de fim de semana, o clássico calça de fato de treino com sapatinho e meia das raquetes, acompanhado de uma camisa aberta até meio, e o fiozonho de ouro de fora. Muito fato de treino se veste ao fim de semana. Quem não souber até pensa que somos um país de desportistas... E pensando bem, quem é que nos vence no levantamento da caneca ou lançamento da casca do tremoço? Ora lá está...

sexta-feira, janeiro 13, 2006

GMT

Para aqueles que ignoram a resposta à questão do anúncio do Diário de Notícias, apontem aí que quando cá são 6 horas, em Kuala Lumpur são 16 do mesmo dia, portanto GMT+8.
A isto se chama, sem dúvida, serviço público. Ah pois...

O Mau Estar

O rapaz puxou o gatilho e a arma disparou. Acertou no alvo, mas não o matou, apenas o tombou. O que o motivou, só o homem de lá de cima sabe.
Isto aconteceu há uns anos. João Paulo II entretanto já morreu e Mehmet Ali Agca foi ontem libertado dos calabouços, o que causou um grande mal estar na Turquia. Não percebo, se fosse a gripe das aves, um iogurte fora do prazo ainda vá, mas uma libertação causar mal estar?
Haviam de viver aqui e levar com a campanha eleitoral, isso sim era mal estar, uma verdadeira intoxicação alimentar. Não fosse a falta de vazão nas urgências dos hospitais públicos (ou hospitais S.A ou unidades não sei do quê) e já tínhamos todos ido a correr ao médico. Tenham juízo...

segunda-feira, janeiro 09, 2006

A Importância de se Chamar Ernesto

O título pouco ou nada tem a ver com o post. Apenas queria dar um ar intelectual mencionando Oscar Wilde...
A propósito do AVC do Sharon, hoje li que uns rabinos cabalistas, depois de (re)lerem a Torah, lhe acrescentaram mais um nome para lhe prolongar a vida. Eles acreditam que, ao fazer esse acrescento, no caso de Sharon foi o nome Haim que significa a vida em hebraico, a pessoa viverá mais anos. Resumindo, vão-se acrescentado nomes até a pessoa morrer... Estou a perceber. Quantos séculos terá o D. Duarte? Aquele bigode nunca me pareceu natural... Mário Alberto Nobre Lopes Soares dará para mais 10 anos de mandato? Pelo sim pelo não voto em Aníbal António Cavaco Silva... Sempre são só 4 nomes.

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Os anos 80

Hoje no homem dos jornais houve uma capa de uma revista, nem reparei qual, que chamava à atenção para os anos 80. Sim, os anos 80, esse verdadeiro regresso ao passado. Trintões (e não só) como eu de certeza se lembram dos anos 80. Aliás, eu acho que dificilmente alguém se esquecerá dessa década. As festas dançadas ao som das Gold Ballads dos Scorpions, Spandau Ballet e Marillion. A descoberta dos Genesis com Phil Collins e as casas de banho do liceu escritas com versos do Wish You Were Here dos Pink Floyd. Na mesma altura em que Mettalica e Iron Maiden eram os grupos metálicos da berra.
Não sei se se lembram, mas o rali que hoje acaba em Dakar ainda começava em Paris. Quem não lia o Se7e e o Blitz? E foi aí que começámos a ouvir a Rádio Comercial enquanto jogávamos Spectrum.
Sim, eu sei que me estou a esquecer de várias coisas, entre elas o Rock Rendez Vous na Rua da Benificência. Sei que existia, mas nunca fui, era muito puto... Mas sim, claro que também é um ícone dos anos 80. O Bairro Alto, o Loucuras, as tardes de cinema no 1º balcão do S. Jorge ou do Tivoli. E que bem que estava sentado nas cadeiras do Condes, onde os únicos barulhos bocais não eram certamente de pipocas e Coca-Cola... O ritual de comprar o Diário Popular, e o Record, nos dias em que havia. Os passeios de eléctrico: o 19 até Alcântara e o 24 até à Rua da Alfândega. Quem não se lembra da revista do Correio da Manhã ao Domingo, sempre com um poster central de uma qualquer pin-up de seios volumosos? Samantha Fox, Sabrina...
Claro que há muita coisa que fica por lembrar. As memórias de cada um levarão os anos 80 para sítios especiais e recônditos guardados na floppy disk da lembrança. Músicas, sítios, acontecimentos, etc.
Por falar em músicas especiais, I Cant Stop This Feeling Anymore dos Reo Speedwagon. Sim, eu sei que é muito lamechas, mas que querem? Eram os 80...

quarta-feira, janeiro 04, 2006

Interlúdio

Hoje sonhei contigo. Há muito que não acontecia. Como o cuco de um qualquer relógio, veio-me lembrar que ainda gosto de ti. Sim, acho que gosto de ti, porque não dizê-lo? Não temos culpa se a vida é injusta ou se as relações são intermitentes. Tivémos no sonho o primeiro reencontro em anos, o primeiro tête-a-tête desde há muito tempo. Falámos coisas nunca ditas, e que o final abrupto não permitiu dizer. Pode ser que um dia nos voltemos a encontrar, talvez mais velhos, mais maduros, diferentes. Provavelmente numa qualquer rua, num qualquer jardim partilhado com os filhos. Para sempre fica a lembrança de ti. Até outro sonho a despertar.
Perdoeem-me este pequeno apontamento, mas não tinha onde o pôr. Ficou aqui. Pronto!



Open Arms
By Journey
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