Memories
Não se assustem os mais incautos com o título do post. Não vou de maneira alguma cantar, essa música homónima cantada pela Barbra Streisand e grande estrela do musical Cats (a música, não a Barbra).
Ontem descobri um blog novo e fiquei fã. Hoje ao ler um post nesse mesmo blog, recordei uma música do Rui Veloso (e Carlos Tê), do álbum Mingos e os Samurais, intitulada No extremo do Salão. E como a vida é feita de recordações, cá fica a letra...
Trocamos um olhar vago
Nos extremos do salão
E um fósforo riscou
Na sola do meu coração
E a chama até queimou
Num olhar mais penetrante
Mas nada em mim avançou
Sou do tipo hesitante
O salão não é para mim
Sou tenso e não sei dançar
Quando arrisco troco o passo
E piso os pés ao meu par
Os olhares enganam tanto
São feitos de luz furtiva
Se ao menos fosse outro tempo
E fosse tua a iniciativa
Foste o meu amor secreto
Que o tempo fez passar
Quem sabe se para termos tudo
Só faltou eu saber dançar
O salão não é para mim
Custa muito arriscar
Fico ao lado e depois
Faço versos para compensar
Escusado será dizer que das muitas pessoas que passam pela nossa vida, há sempre alguém que deixa a sua marca. E em troca terá sempre aquele lugar reservado nos confins da memória. E do coração...