Hoje no homem dos jornais houve uma capa de uma revista, nem reparei qual, que chamava à atenção para os anos 80. Sim, os anos 80, esse verdadeiro regresso ao passado. Trintões (e não só) como eu de certeza se lembram dos anos 80. Aliás, eu acho que dificilmente alguém se esquecerá dessa década. As festas dançadas ao som das Gold Ballads dos Scorpions, Spandau Ballet e Marillion. A descoberta dos Genesis com Phil Collins e as casas de banho do liceu escritas com versos do Wish You Were Here dos Pink Floyd. Na mesma altura em que Mettalica e Iron Maiden eram os grupos metálicos da berra.
Não sei se se lembram, mas o rali que hoje acaba em Dakar ainda começava em Paris

. Quem não lia o Se7e e o Blitz? E foi aí que começámos a ouvir a Rádio Comercial enquanto jogávamos
Spectrum.
Sim, eu sei que me estou a esquecer de várias coisas, entre elas o Rock Rendez Vous na Rua da Benificência. Sei que existia, mas nunca fui, era muito puto... Mas sim, claro que também é um ícone dos anos 80. O Bairro Alto, o Loucuras, as tardes de cinema no 1º balcão do S. Jorge ou do Tivoli. E que bem que estava sentado nas cadeiras do Condes, onde os únicos barulhos bocais não eram certamente de pipocas e Coca-Cola... O ritual de comprar o Diário Popular, e o Record, nos dias em que havia. Os passeios de eléctrico: o 19 até Alcântara e o 24 até à Rua da Alfândega. Quem não se lembra da revista do Correio da Manhã ao Domingo, sempre com um poster central de uma qualquer pin-up de seios volumosos? Samantha Fox, Sabrina...
Claro que há muita coisa que fica por lembrar. As memórias de cada um levarão os anos 80 para sítios especiais e recônditos guardados na floppy disk da lembrança. Músicas, sítios, acontecimentos, etc.
Por falar em músicas especiais, I Cant Stop This Feeling Anymore dos Reo Speedwagon. Sim, eu sei que é muito lamechas, mas que querem? Eram os 80...